O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou, na última segunda-feira (13), a nova urna eletrônica que será utilizada nas Eleições 2022. O modelo, identificado como UE2020, já está sendo fabricado e terá dentre as novidades um processador mais rápido, recursos de acessibilidade e bateria de maior duração.
As placas-mães das urnas estão sendo produzidas em uma fábrica em Manaus (AM) pela Positivo Tecnologia, que venceu a licitação para produzir 225 mil peças, de um total de 577 mil que serão utilizadas nas Eleições. A montagem é realizada em Ilhéus (BA).
Segundo o TSE, o projeto da nova urna foi customizado de acordo com as características do eleitor brasileiro e por isso é 100% nacional. A promessa é que o equipamento também será mais seguro, ágil e seguirá intuitivo na hora do voto.
“Houve um esforço muito grande para a obtenção de peças e componentes para as urnas. Isso ocorreu em um momento em que há escassez no mercado mundial”, comentou o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, sobre os desafios do mercado de chips.
O ministro ressaltou que a urna modelo UE2020 continuará não tendo nenhum tipo de conexão de rede, o que impossibilita ataques externos de cibercriminosos. Ele justificou também que após a inspeção dos códigos-fontes por entidades públicas, universidades e partidos, o conteúdo é lacrado.
As novidades
Confira, a seguir, a lista das principais alterações do modelo UE2020 em relação ao modelo da urna de 2015:
- O processador do tipo System on a Chip (SOC) é 18 mais rápido que o modelo 2015;
- Por não precisar de recarga, a bateria do tipo Lítio Ferro-Fosfato exige menos custos de conservação;
- A mídia de aplicação do tipo pen-drive traz maior flexibilidade logística para os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) na geração de mídias;
- A expectativa de duração da bateria é por toda a vida útil da urna;
- O terminal do mesário passa a ter tela totalmente gráfica, sem teclado físico, e superfície sensível ao toque;
- Um teclado aprimorado, com teclas com duplo fator de contato, o que permite ao próprio teclado acusar erro, caso haja mau contato ou tecla com curto-circuito intermitente;
- Maior celeridade na identificação do eleitorado, enquanto um eleitor vota, outro pode ser identificado pelo mesário;
- Para pessoas com deficiência visual, foi aprimorada a ferramenta de sintetização de voz. A partir do ano que vem o recurso também falará os nomes de suplentes e vices, e será possível cadastrar um nome fonético.
- A urna também ganhará uma apresentação de um intérprete de Libras na tela, para indicar quais cargos estão em votação.
Fonte: tecmundo